Antes de números, análises ou eventuais críticas, que fique assentada uma certeza: o Estado do Rio mudou, com os governos de Anthony Garotinho e Rosinha Garotinho. Nos dois governos, fluminenses e cariocas experimentaram a mais séria, profunda e consistente transformação socioeconômica de sua história. No período, os ex-governadores Garotinho e Rosinha operaram mudanças estruturantes na economia e no tecido social do segundo estado da federação. As iniciativas obedeceram a um rigoroso planejamento, formulado a partir de dois pressupostos básico: desenvolvimento econômico e distribuição de renda.
Trocaram-se as referências, estabeleceram-se novos paradigmas, criaram-se metas ainda mais ousadas; Estabeleceu-se, enfim, um novo horizonte – materializado em números que traduzem a amplitude das transformações. Em 2005, o Estado do Rio de Janeiro cresceu mais que o dobro do Brasil. Em 1999, não produzíamos um automóvel sequer. Em 2006, 140 mil veículos saíram da linha de montagem. A indústria naval praticamente havia sido banida: estaleiros fechados e apenas 500 trabalhadores compunham um cenário de nítida degradação econômica. Os 20 estaleiros reabertos por Garotinho e Rosinha passaram a gerar mais de 130 mil empregos diretos e indiretos.
Os programas sociais eram frágeis, incipientes, limitando-se ao se “política da bica d´água”. Com os governos Garotinho e Rosinha foi criada uma importante rede de proteção social que atendia a 1,8 milhões de cidadãos – vítimas da política econômica excludente do governo federal. Foram farmácias populares, restaurantes e projetos como o Cheque Cidadão, por meio do qual 100 mil famílias recebiam mensalmente R$ 100 em alimentação. A profusão de investimentos é outro dado a apontar a inescapável rota do desenvolvimento. Até 2007, o Estado recebia R$ 52 bilhões em ampliações e novos projetos industriais. A instalação da Companhia Siderúrgica do Atlântico chegou para transformar o estado do rio no maior produtor de aço da América Latina. Um aporte de 2,4 bilhões de dólares e a certeza de prosperidade e emprego para a Zona Oeste da capital.
O crescimento econômico não foi um estanque: não foi um fim em si mesmo. Foi um instrumento de transformação social, deflagrando ações em todas as áreas administrativas. Crescer em educação, por exemplo, significou mais salas de aulas, aperfeiçoamento didático e profissionalização dos alunos para o mercado de trabalho. Em 1999, eram 68 mil estudantes em curso profissionalizantes. No fim do governo de Rosinha, eram mais de 400 mil – um salto sem risco na direção do desenvolvimento humano
Já na saúde, crescer teve outra leitura. A rigor, teve sentido oposto. Nesse caso, a expressão mais adequada talvez seja reduzir. Sim, crescer foi reduzir a mortalidade infantil. E o Estado do Rio reduziu em 43% a taxa de mortalidade – um recorde nacional. Foram construídos quatro novos hospitais públicos com 800 leitos.
O antes e depois do que podemos chamar de gestão garotinho são referências do corte transversal de mudanças a que o estado foi submetido. Se o “antes” foi o ponto de partida para o cortejo de resultados, o “depois” foi o marco definitivo da vitória de um governo popular e democrático. Uma vitória construída na adversidade, sob ataque – histérico, algumas vezes; irracional, outras – quase sempre inclemente.
Garotinho e Rosinha resistiram a todo tipo de pressão, não se afastando um milímetro dos princípios e valores que lhes permitiram vencer duas eleições consecutivas com o apoio da esmagadora maioria da população. Altivo, o governo resistiu de pé aos ataques, às calúnias e aos vilipêndios.
Montou-se um cerco, mas foi rompido. Tentou-se a asfixia, com um lado que negava o repasse de verbas federais e de outro fomentava a crítica pela crítica, irascível e estéril, junto a setores da mídia. Mas o governo sobreviveu com energia e vigor para construir a vitória. A vitória de um projeto inovador, do inconformismo com a exclusão, da ousadia de estabelecer novos paradigmas para a administração pública.
A caminhada não foi tranqüila desde o início. Um dia após a posse da governadora Rosinha Garotinho, o Palácio do Planalto deu a senha do tratamento que dispensaria ao Estado: bloqueou R$ 80 milhões por conta de dívidas não honradas pela antecessora, a petista Benedita da Silva. Os dias posteriores confirmariam a má vontade, a desídia e o desrespeito com a população fluminense.
A nossa vitória foi construída assim, tijolo por tijolo, sob permanente ataque, a despeito de intempéries políticas, por entre atalhos e apesar das pedras que deixaram em nosso caminho. Uma vitória que faz lembrar o célebre discurso de Churchil na Câmara dos Comuns: “Vitória. Vitória a todo custo, vitória apesar de todo o terror, vitória por mais longo e difícil que o caminho possa ser”
Permita-me um adenso: “Vitória do povo fluminense”.
2 comentários
Ótimo artigo !
Excelente artigo companheiro!